Surgiu recentemente, na Guiné-Bissau, um movimento de cidadãos intitulado Movimento Luz ku Iagu (Movimento Luz e Água – MLI), que mereceu a nossa atenção.
Partilhamos aqui alguns excertos de um artigo saído no blog “Passa Palavra” onde são apresentadas as razões que levaram à criação do movimentos, os seus princípios, as suas atividades, os seus planos e dificuldades.
Segundo o artigo, e nas palavras de um dos seus fundadores, o Movimento nasceu em outubro de 2013, decorrente de um processo reflexivo anterior:
“Antes de criarmos o movimento, fizemos uma série de “trabalhos de base” em comunidades de Bissau para identificar as principais necessidades. As pessoas que intervinham sempre enfocavam o problema da falta constante de luz e água. Em paralelo, nós participamos de uma formação organizada pela associação JACAF sobre democracia direta e autogestão. No final dessa formação, que contou 40 jovens de diferentes associações, foi realizado um djumbai [1] para identificar as principais dificuldades vividas pelos jovens nas suas comunidades. E todos os grupos presentes falaram sobre a falta de luz e água. Além disso, sabemos que a água é um bem fundamental para a vida humana. Então, nós resolvemos criar esse movimento para que haja luz e água.” – Ailton J.
Nessa fase inicial, o Movimento Luz ku Iagu tem se concentrado em três tarefas: i) divulgação do manifesto e preparação da Campanha Nacional Luz e Água; ii) Formação política aos membros do movimento na “Escola da democracia direta” e em núcleos nas comunidades; iii) mobilizar as comunidades através de ações diretas e constituição de núcleos de bairro.
Face ao interesse geral em continuar os debates sobre democracia direta, autogestão e história das lutas sociais, o MLI resolveu criar uma escola permanente de formação para os seus membros.
Para consultar o artigo completo, por favor, consulte o site – http://passapalavra.info/2014/08/98833
[1] Termo em crioulo guineense para debate, conversa ou discussões em grupo.